domingo, 27 de março de 2011

UMA PROPOSTA CONSTRUTIVISTA PARA O ENSINO DA MECÂNICA

                                           Franci Clemente Lira
Universidade Federal do Ceará

Palavras-chave: método construtivista, concepções espontâneas, História da Ciência.

RESUMO

Este artigo relata o desenvolvimento de um trabalho, transformado em monografia, que teve como objetivo construir uma proposta construtivista para o ensino da Mecânica alicerçado na História da Ciência. A presente pesquisa apresenta uma alternativa de como desenvolver uma relação entre os conhecimentos prévios dos alunos e o conhecimento científico atual. Essa proposta foi trabalhada, através do projeto A História da Física como suporte para trabalhar as concepções espontâneas em paralelo com o projeto Concepções espontâneas e experimentos de baixo custo, ambos aplicados no Instituto de Educação do Ceará.
Neste trabalho, investiga-se a presença das concepções espontâneas dos alunos do primeiro ano do ensino médio sobre os movimentos, concentrando-se  no conceito de aceleração. Além disso, propõe-se um método construtivista para se trabalhar essas concepções em sala de aula, alicerçado na História da Ciência, apoiando-se nas idéias de Aristóteles e Galileu; apontando aspectos como o interesse dos alunos, motivação e a perspectiva de fazer com que o aluno se sinta como sujeito do seu próprio aprendizado.

INTRODUÇÃO

Um dos mais sérios problemas enfrentados atualmente pelos professores e pesquisadores da área de Física, são as concepções espontâneas, que persistem em atuar na sala de aula, afastando os alunos do objetivo da abordagem oficial.
Neste trabalho, primeiramente, tenta-se investigar a presença das concepções espontâneas dos alunos sobre os fenômenos físicos que envolvem o conceito de aceleração, estudados na prática educativa do ensino médio. Em seguida, investiga-se aspectos importantes para a construção do conhecimento, tais como: o que o aluno conhece sobre o assunto e a sua relação com a prática, mostrando, ao mesmo, que ele pode ser co-participante  no processo de ensino-aprendizagem.
Compreender a evolução histórica da Física é essencial para uma aprendizagem construtivista, que busca o desenvolvimento conceitual da disciplina:

“O desenvolvimento histórico nos faz compreender os raciocínios elaborados em cada etapa do processo de desenvolvimento de um conceito e as dificuldades encontradas pelos cientistas que, às vezes, levaram anos e anos para superá-las”. (Carvalho; 1989; p. 10)

O papel da História da Ciência, nessa proposta, se torna claro ao perceber que os pensamentos de muitos estudantes, hoje, se assemelham muito aos que antigos pensadores nutriam com relação aos fenômenos naturais; pois, nessa proposta, pretende-se abordar os pensamentos de Aristóteles e Galileu e, assim, fazendo um paralelo entre as idéias dos dois pensadores, deseja-se alcançar os objetivos: que é trabalhar as concepções espontâneas dos alunos numa perspectiva histórica; fazendo-os compreender a evolução do conceito de aceleração e contribuir para tornar o estudo da Física mais agradável e íntimo do aluno.
Essa proposta leva em consideração a idéia de que, talvez, a mera exposição do modelo científico possa garantir ao aluno uma boa nota, através da memorização; mas não poderá estabelecer o alcance do conhecimento em seu sentido mais amplo, não promovendo a transformação profunda na maneira em que o indivíduo se relaciona a fenômenos em que esses conceitos físicos atuam. De  acordo com os PCNEM :

“[...] será indispensável uma compreensão de natureza cosmológica, permitindo ao jovem refletir sobre sua presença e seu ‘lugar’ na história do Universo, tanto no tempo como no espaço, do ponto de vista da ciência.”

METODOLOGIA

Na metodologia para a coleta de dados necessários, utilizou-se da observação participante e de um questionário, aplicado no primeiro e no segundo dia de realização do projeto. O questionário utilizou-se de situações do dia-a-dia dos alunos em que a aceleração atua, visando fazê-los expor ao máximo suas idéias prévias e torná-los mais íntimos do assunto abordado.
Foi trabalhada a História da Física com o objetivo de explorar o conceito de aceleração escalar através das idéias de Aristóteles e Galileu, fazendo com que os alunos se identificassem com as inquietações desses dois grandes pensadores e, assim, aproximá-los de uma visão mais motivadora com relação à Física, além de mostrar como o pensamento científico se modifica com o tempo, evidenciando que as teorias não são ‘definitivas e irrevogáveis’, mas objeto de constante revisão” (Peduzzi apud Pietrocola; 2001); trabalhando, dessa forma, as concepções espontâneas de cada um.
Foi incluído um experimento de baixo custo, para demonstrar a coerência das idéias de Galileu com a realidade experimental. O experimento de baixo-custo consistiu na reprodução da situação apresentada na quarta questão do questionário, onde é abandonado um livro e uma folha de papel no ar, simultaneamente, de uma mesma altura, observando qual deles chega primeiro  ao chão e indagando sobre o porquê disso. Foi reproduzida esta mesma situação com a folha aberta de uma mesma altura e longe do livro, depois; de uma mesma altura, mas aberta em cima do livro e , por último, de uma mesma altura, mas amassada.
Esse experimento de baixo-custo foi reproduzido logo no início do estudo do conceito de aceleração de acordo com a proposta apresentada por esta pesquisa. De acordo com Libâneo ( 2005, p.157 ); buscou-se “a verificação dos conhecimentos e experiências dos alunos em relação ao conteúdo novo, para tomá-los como ponto de partida”, tentando desvendar suas concepções espontâneas em relação ao assunto abordado. Além disso, buscou-se contrastar as duas idéias, defendidas respectivamente, por Aristóteles e Galileu, tentando fazer o aluno acompanhar mais de perto a evolução do conceito de aceleração e demonstrar a coerência do conceito atual com a realidade experimental.
Antes de abandonar o livro e a folha, foi perguntado mais uma vez, quem eles achavam que chegaria primeiro. Eles responderam, mais uma vez, que o livro chegaria primeiro. Foi exposto, mais uma vez, o fundamento dessa afirmação: o livro chegaria primeiro por ser mais pesado.
No calor das discussões, uma aluna afirmou que, ao amassar a folha, seu peso já não seria mais o mesmo. Foi pedido que ela explicasse o porquê de sua afirmação, mas ela não soube explicar: apenas disse que achava que quando fosse amassada, a folha ficaria um pouco mais pesada.
Foi usado um exemplo prático para ilustrar a ação do ar sobre corpos em queda livre; a queda de um pára-quedista: se uma pessoa se jogasse de um avião em queda livre, sua queda seria bem mais rápida que uma outra de pára-quedas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Nas respostas do questionário do pré-teste verificou-se a exposição de várias concepções espontâneas e a presença de idéias muito próximas às defendidas por Aristóteles. Isso torna-se claro quando expõe-se algumas respostas dadas pelos alunos:
Na questão 03 do questionário em anexo, por exemplo, pode-se verificar respostas, como as expostas abaixo:
“Diminuir a velocidade, pisando no freio, reduzindo a sua força.”
Verifica-se, então que a idéia de força é utilizada como algo necessário à continuação do movimento. Se houver uma diminuição da força, haverá uma diminuição da velocidade. Isso nos remete às idéias aristotélicas, já que Aristóteles acreditava que um objeto só poderia se movimentar enquanto houvesse uma força atuando sobre ele ( ao cessar a força, o movimento também deixaria de existir) .
Um outro exemplo da presença de concepções espontâneas nas respostas dos alunos pode-se observar claramente em uma das respostas da questão 04, onde a presença da idéia aristotélica de lugar natural prevalece:
“De acordo com a lei da gravidade, o que tem peso maior tende a ficar no chão. Como o livro pesa mais do que a folha é provável que ele chegue primeiro ao chão.”
Um outro aluno afirmou que a folha chegaria primeiro:
“A folha, porque tem pouca massa, relativo ao livro. Na situação a movimentação do ar que ali consiste, faz com que sua queda seja mais ligeira que o livro.”
Essa explicação lembra a idéia aristotélica de que projéteis abandonados a si mesmos continuariam avançando em vez de caírem imediatamente ao chão por que seu  movimento  criaria  uma corrente de ar que impulsionaria esses projéteis, empurrando-os para a frente.
Nas respostas do questionário pós-teste, pode-se verificar uma expressiva mudança nas respostas dos alunos, porém, ainda é notável a presença da Física do senso comum.
Um fato importante observado durante a aplicação do projeto foi o interesse e a motivação demonstrados pelos alunos ao descobrir a Física por um outro ângulo. Isso se torna bastante claro ao citar a declaração de uma aluna ao final do primeiro dia de aplicação do projeto:
                       
“ Eu nunca tinha pensado o quanto que a  Física era importante para minha vida. Eu sempre decorei fórmulas e não sabia o que tava por trás delas; mas agora eu sei: a Física é muito importante para a vida”.

Um outro aluno escreveu no verso do segundo questionário aplicado:

“Estou adorando o curso, tirando realmente as dúvidas com jeito simples tirando aquele bicho de 7 cabeças que antigamente eu achava da física.”

CONCLUSÃO

Nessa pesquisa, buscou-se inserir a discussão a respeito da História da Ciência como suporte para trabalhar as concepções espontâneas dos alunos.
Os instrumentos utilizados confirmam a presença dessas concepções espontâneas na sala de aula, dificultando a compreensão do aluno em relação aos conceitos sugeridos pela física oficial.
Foi constatado, diante da análise dos dados expostos nesse trabalho, que os alunos, embora tenham apresentado uma expressiva mudança no modo como interpretam os fenômenos físicos, ainda se utilizam da física do senso comum como suporte para chegarem a um resultado imediato.
Foi conseguido, mesmo assim, valorizar a bagagem em relação ao que eles já têm construído e incentivá-los a buscar mais motivação em sala de aula. Isso se torna claro diante das declarações de alguns alunos:
“ Acho que vou começar a gostar de física.”

“[...] Acho até que, a Física como outras deveriam serem vistas pelos alunos desde pequenos, pois, são coisas que fazem parte de nossas vidas.”


REFERÊNCIAS

ANDERY,M.A. et all. Para Compreender a Ciência: uma perspectiva histórica. Rio de Janeiro: Garamond, 2007.[ p. 78-96 ]

CARVALHO, A. M. P. Física: proposta para um ensino construtivista. São Paulo: Editora Pedagógica e Universitária LTDA, 1989.

DELORS, J. et all. (Tradução de José Carlos Eufrázio). Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortez Editora, 2006. [p.115]

DOLLE, J. M. Para compreender Jean Piaget. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1978.

FERREIRA, A. B. H. Dicionário Aurélio da Lingua Portuguesa. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira S/A, 1988, [p. 257]

FERREIRA, H. C. A teoria piagetiana da equilibração e as suas conseqüências educacionais. Instituto Politécnico de Bragança, 2003.

GEYMONAT, L. (Tradução Eliana Aguiar). Galileu Galilei. Rio de Janeiro, RJ: Editora Nova Fronteira S.A., 1997.

KUHN, T. S. ( Tradução de Beatriz Vianna Boeira e Nelson Boeira ). A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 2009.[ p. 19-28 ]

Lei 9.394, de 20.12.1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União. Brasília: Ano CXXXIV, no. 248, 23 dez. 1996.

LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.

MORETTO, V. P. Construtivismo: a produção do conhecimento em aula. Rio de Janeiro: DP&A editora, 1999.

Parâmetros Curriculares Nacionais: ensino médio. Ministério da Educação. Brasília: MEC/Secretaria da Educação Média e Tecnológica, 1999, p. 59, 67.

PIETROCOLA, Maurício ( org. ). Ensino de Física: conteúdo, metodologia e epistemologia numa concepção integradora. Florianópolis: Editora da UFSC, 2001.

PIAGET, J. (Tradução de Moacir Renato de Amorim). O Estruturalismo. São Paulo – Rio de Janeiro: DIFEL, 3ª edição, 1979.

Portaria No 438, de 28 de maio de 1998. Institui o Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM. Diário Oficial da União, mai. 1998. Matriz de Referência de Ciências da Natureza e suas tecnologias do ENEM de 2009.

QUINTAL; J. R.; GUERRA; A. – A história da ciência no processo ensino-aprendizagem; Física na Escola, v. 10, n. 1, 2009; RJ ; [p. 21-25].

ROSSI, P. O Nascimento da Ciência Moderna na Europa. Bauru, SP: EDUSC, 2001.[p. 7-193]

SEMINÉRIO, F. L. P. Piaget – O Construtivismo na Psicologia e na Educação. Rio de Janeiro: Imago Editora LTDA, 1996.

SOUZA, J. P. Ensino de Física e o senso comum: as idéias prévias dos alunos do ensino médio e a aprendizagem de Física. São Paulo: Centro Universitário Nove de Julho – UNINOVE, Programa de Pós-graduação em educação – PPGE, 2006.

TAFNER, M. A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO SEGUNDO PIAGET. Disponível em: <http://www.cerebromente.org.br/n08/mente/construtivismo/construtivismo.htm>.Acesso em: 28 abril 2009.

WHITE, M. (Tradução de Ibrahima Dafonte Tavares). Galileu Galilei. São Paulo, SP: Editora Globo S.A., 1993.


AGRADECIMENTOS

Ao professor Ricardo Normando por orientar, pacientemente, esse trabalho; aos colegas do curso de Licenciatura em Fisica da UFC, pelo apoio que nunca falhou; ao Instituto de Educação do Ceará e aos alunos do Instituto de Educação do Ceará.  



ANEXO :
QUESTIONÁRIO                                   No____

1.    O que você entende por aceleração?







2.    Quando afirmamos que um carro acabou de passar acelerado , o que estamos afirmando com relação ao movimento desse carro?







3.    Imagine, agora, um carro aproximando-se de um sinal de trânsito vermelho... ele precisa diminuir a velocidade. Qual a atitude que o motorista precisa tomar para conseguir reduzir a velocidade com segurança? Onde está envolvido o conceito de aceleração neste caso?







4.    Considere a seguinte situação: um livro e uma folha de papel são abandonados no ar, simultaneamente, de uma mesma altura. Qual deles chega primeiro ao chão? Por quê?







5.    Uma bola é lançada para cima por uma pessoa e, depois de certo tempo, retorna às mãos  da mesma pessoa que a lançou. Desconsidere a ação do ar sobre a bola e responda: o tempo de subida da bola é igual ao tempo de descida da bola? Por quê?








segunda-feira, 14 de março de 2011

Sismógrafo amador criado por brasileiro capta terremoto no Japão

Terremoto no Japão é captado por sismógrafo criado por brasileiro


Com informações da Unicamp - 11/03/2011

Sismógrafo amador
O terremoto de 8,9 pontos - autoridades japonesas anunciam 8,8 pontos - na Escala Richter que atingiu o Japão nesta sexta-feira (11) também foi registrado a poucos quilômetros do campus da Unicamp em Campinas, em um prosaico banheiro de fundo de quintal.
No local está instalado um sismógrafo horizontal amador, construído há três anos pelo geólogo Rogério Marcon, funcionário do Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW).
"O registro foi feito por volta das 3h30 da manhã, pouco tempo depois da ocorrência do abalo. Entretanto, eu só o verifiquei às 5h30, quando acordei. Logo em seguida, liguei a televisão para me informar sobre o que tinha acontecido", conta Marcon, que gastou algo como R$ 500 para conceber o aparelho.
Resultados profissionais
Logo que verificou os dados assinalados pelo seu equipamento e o noticiário, o funcionário da Unicamp começou a receber telefonemas de amigos e de jornalistas interessados em obter informações a respeito do fenômeno.
Marcon diz que o aparelho é basicamente o mesmo que construiu há três anos: "A única diferença é que providenciei uma cobertura para protegê-lo das correntes de ar".
O geólogo utilizou um PC pentium 3 e uma interface para o aparelho conversor analógico. A interface custou 20 dólares e foi importada de uma empresa especializada na construção de sismógrafos amadores.
Software livre
Ele também lançou mão de um software livre para transformar dados em gráficos. Para captar os terremotos, montou um pêndulo, composto por um transdutor elétrico posicionado sobre uma bobina.
O equipamento tem um metro de comprimento por meio metro de largura e está instalado no bairro Guará, próximo ao campus da Unicamp.
Nos últimos três anos, conforme Marcon, o sismógrafo registrou centenas de eventos, de variadas magnitudes.
O primeiro foi um tremor de 5,2 pontos ocorrido no Atlântico Sul, em abril de 2008, e que foi sentido nos estados de São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina. "Entre os sismos mais fortes, o instrumento captou o que destruiu algumas localidades chilenas e o que devastou o Haiti, ambos em 2010".
Terremoto no Japão é captado por sismógrafo criado por brasileiro
Este é o registro do momento do terremoto que ocorreu no Japão, às 2h46 de hoje. [Imagem: Rogério Marcon]
Repiques
De acordo com o geólogo, além do sismo principal, outros 60 terremotos sequenciais, de menor magnitude - abaixo de 6 pontos - foram registrados por sismógrafos no Brasil.
"É preciso esclarecer que as pessoas aqui no país ou em Barão Geraldo não sentiram a terra tremer. Apenas os sismógrafos são capazes de captar as ondas propagadas desde o Japão", esclarece.
Ainda segundo Marcon, não há propriamente um teto na Escala Richter. "Entretanto, até hoje, nunca se viu terremoto acima de 9,5. Este do Japão chegou bem perto dessa marca".

sábado, 5 de março de 2011

Conselhos para quem está se preperando para o ENEM:

  • No ENEM, o maior desafio é contra o tempo. Aprender a administrar o tempo é fundamental para quem tem que enfrentar essa prova.  Você pode baixar facilmente as provas do ENEM no meu blog. Tente fazê-las como forma de treinar essa habilidade. Cronometre cada realização de prova, tente fazer cada questão no menor tempo possível.
  • Comece respondendo as questões que você considera mais fáceis e que tratem dos assuntos que você domina, pulando as mais difíceis. Por fim, responda as que você considera mais difíceis.
  • Priorize o conteúdo básico de cada uma das disciplinas. O ENEM pode cobrar respostas menos profundas de conteúdo para questões que exigem um conhecimento prévio do estudante. Na área de Ciências da Natureza, isso é bastante comum.
  • Dê adeus ao decoreba. Decorar fórmulas não é cobrado pelo ENEM. Em vez disso, concentre-se na prática de interpretação de textos, gráficos e figuras. Em todas as áreas essa habilidade é cobrada. Em muitas das questões, as respostas se encontras nos textos, figuras ou nos gráficos que as próprias questões trazem. Cerca de 70% da prova do ENEM exige interpretação de texto.
  • Que tal ler primeiro a pergunta para ler depois o texto? Nas questões que exigem interpretação de texto, isso pode ajudar a encontrar a resposta de forma mais rápida.
  • Comece a observar figuras, obras de arte, fotografias; buscando analizá-las de forma coerente com a realidade atual ou passada. É comum o ENEM buscar comparações entre imagens ou interpretação de figuras.
  • Passe a analisar gráficos. Tente ler todos os gráficos que encontrar nos meios de informação. Essa é uma das habilidades mais cobradas nessa prova.
  • O ENEM costuma cobrar grandes temas, por isso, é fundamental que o estudante construa o hábito de ler vários tipos de fontes, ficando fácil a relação entre assuntos e a contextualização do tema.
  • Para a redação, nada de radicalismos ou de evidenciar preconceitos.
  • Comece a treinar seu poder de argumentação para a redação lendo as opiniões dos outros. Uma boa idéia é ler a seção de cartas dos leitores de jornais.