quinta-feira, 8 de março de 2012

Funceme minimiza impacto das erupções solares, mas especula sobre clima no futuro

 Sol vai atingir máximo de atividade na década em 2013, mas deve ter impacto menor sobre a Terra nos próximos cinquenta anos
Nasa/Reprodução
As erupções solares registradas no início da semana, as mais fortes desde 2005, não devem ter grande impacto sobre o clima. A constatação é do meteorologista Raul Fritz Teixeira, pesquisador da Funceme.

De acordo com o cientista,  "o impacto maior vai se dar na camada mais externa da atmosfera e afetar satélites em órbita. Ou seja, pode atingir o setor de comunicações e telecomunicações, pois as partículas lançadas pelo Sol podem danificar as partes eletrônicas desses satélites".

Nesse caso, redes de telefonia celular, internet e TV podem sofrer algumas interferências.

Auroras aumentam, câncer de pele não
O pesquisador explica que "as partículas de alta energia emitidas nas explosões solares formam o chamado vento solar e quando elas atingem a Terra são capturas pelo campo magnético do nosso planeta. Isso deve aumentar o fenômeno das auroras boreais e austrais".

O meteorologista também aproveitou para tranquilizar os que temem uma maior incidência de raios ultravioletas, potenciais causadores de câncer de pele, afirmando que esse tipo de radiação não será aumentada com o atual ciclo de atividade solar.

O próximo máximo de atividade solar está previsto para 2013.

Casos extremos
Raul Fritz Teixeira, no entanto, alerta que as erupções solares, em casos extremos podem afetar redes de energia elétrica.

"No século XIX uma forte explosão solar interrompeu toda parte de telegrafia nos Estados Unidos e não é impossível que isso ocorra nas próximas décadas", projeta.

O pesquisador afirma, porém, que a tendência é inversa. Ou seja, que os ciclos de máxima atividade solar (que ocorrem a cada 11 anos) sejam menos intensos.
"Se isso acontecer de fato, nos próximos 55 ou 66 anos pode haver uma redução de alguns graus na temperatura média global e contrabalançar o aquecimento global", explica.
Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/noticia.asp?codigo=336048&modulo=966

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